Capítulo 5 | Novel 'A Lenda do Exorcismo'

setembro 06, 2021 0

CAPÍTULO 5 - O Clã Li de Longwu

A Lenda do Exorcismo





Atrás da porta havia outro pátio, que parecia dos fundos de uma casa de família. No jardim, havia uma lagoa de lótus, o aroma doce das flores de cássia flutuava acima dela e sob a garoa leve que caía. O cenário continha uma certa elegância que indicava a uma família de eruditos. Hongjun arrastou o homem corredor adentro. Olhando para a esquerda e a direita, em seu coração só conseguia pensar “uau, que lugar bonito”.

Esta residência tinha dois andares e do segundo piso podia-se ouvir a voz de uma garota. Hongjun estava prestes a colapsar de exaustão, ele havia perseguido o peixe ao pela noite toda e depois tantas coisas aconteceram em uma sucessão tão rápida de eventos que ele só queria encontrar um lugar para descansar primeiro. O rapaz imediatamente se sentou, escorando-se contra a parede entre os cômodos enquanto tentava recuperar o fôlego.

E justo naquela hora, uma jovem mulher usando um ruqun[1] amarelo pálido veio caminhando pelo corredor, carregando um ramo de flores de cássia em suas mãos. Ela trombou diretamente em Hongjun.

Naquele momento, a moça viu o garoto cansado além da conta sentado no chão e ofegando. Próximo a ele havia um homem desacordado e em suas costas a cabeça de um yao carpa espreitava de dentro da bolsa, sua boca de peixe abrindo e fechando.

A jovem mulher, “...”

Hongjun tinha uma expressão confusa, porém quando se virou, encontrou justamente o olhar da donzela. 

A moça quase soltou um grito alto, mas Hongjun apressou-se em fazer um gesto pedindo silêncio, indicando que ela não poderia gritar de forma alguma, antes de se levantar de maneira rápida e reverenciar a mulher diversas vezes em cumprimento.

Depois de uma noite de chuva intensa, o rosto do rapaz havia sido completamente lavado pela água, removendo todo o pó e sujeira dos dias anteriores. Sua pele era branca e brilhante, suas feições belas e bem esculpidas. Ele era tão bonito que poderia sacudir os céus e mover a terra, e com um único olhar lançado após levantar sua cabeça, a jovem mulher ficou parada em transe por um bom tempo.

Hongjun disse, “Eu… vou pegar sua casa emprestada por um momento.”

O pai de Hongjun já havia cruzado os céus e a terra dos três reinos[2], e se o considerassem o segundo em termos de beleza, então ninguém se atreveria ser considerado o número um. O belo homem conhecido como Mahamayuri[3]. Toda vez que ele mostrava sua face, as damas celestiais jogariam flores aos seus pés. Dizia-se que, quinhentos anos atrás, os clãs de yaos cruelmente pisavam um sobre os outros apenas por uma chance de ver seu rosto, causando devastação numa escala massiva.

Era uma pena que Hongjun havia ficado órfão tão jovem e não foi capaz de crescer ao lado de seu pai biológico, Kong Xuan, sendo livre para correr por aí por causa de Chong Ming. Dessa maneira, por doze anos ele se embrenhou entre os córregos e as montanhas, sendo queimado pelo sol durante o dia e encharcado pela chuva à noite, até mesmo inalando fumaça de vez em quando. Enquanto caminhava entre os ventos e as águas, sua aparência perfeita já havia sido maculada diversas vezes, mas seus olhos e sobrancelhas, seus lábios macios e dentes retos, e sua pele clara que ele havia herdado de seu pai, junto da energia vivaz que todos os jovens possuíam, ainda fazia com que todos o olhassem com uma surpresa agradável na primeira vez que o viam.

“Você… o que aconteceu com essa pessoa?” A jovem perguntou, desviando seus olhos para o oficial militar desacordado que permanecia inerte aos pés de Hongjun antes de soltar um suspiro de exclamação, “Este não é o General Jinglong?”.

“O que é um general?” Hongjun perguntou com uma expressão confusa.

“O que você está fazendo?!” A voz de uma mulher soou descontente do corredor que conectava a ala leste. “É você aí embaixo, Sang’er[4]? Quem você trouxe dessa vez?”.

A donzela chamada Sang’er rapidamente fez um gesto de mãos na direção do rapaz e disse, “Todas estão prestes a ir dormir, venha comigo e não faça barulho.”

Hongjun, então, levanto-se e jogou aquele “General Jinglong” por cima de seu ombro enquanto subia as escadas atrás da moça. Os pés do oficial se arrastavam pelos degraus, chocando-se contra eles com um TUMP antes do garoto lembrar que ele ainda usava aquelas botas com ponteiras de metal. Hongjun se apressou em tirá-las antes de carregá-lo até um quarto e deitá-lo na cama, depois desamarrou sua trouxa e a colocou sobre a mesa ao lado.

“O que eu faço?” Ele disse a si mesmo.

“Este peixe é seu?” Sang’er olhava para a carpa em cima da mesa. As guelras de Zhao Zilong ainda se abriam e fechavam de tempos em tempos.

O rapaz assentiu. Aquele oficial militar usava um conjunto de roupas brancas e Hongjun apalpou seu corpo, encontrando apenas uma placa de metal em sua cintura, onde estava escrito “Li Jinglong do Exército Longwu do Grande Tang”. Depois de ler aquelas palavras, o garoto ainda não tinha ideia do que significavam, então jogou o objeto na mesa enquanto levantava a espada que havia transpassado por sua Luz Sagrada Pentacromática e a inspecionava. Ele podia apenas dizer que aquela arma era bem velha e pesada, escura pela sujeira e com uma densa camada de pequenos selos de escrita[5].

Hongjun não conseguiu descobrir nada somente com isso, então ele começou a abrir as roupas do general, revelando seu peito nu firme e forte. O corpo de Li Jinglong era ágil e esguio, mas seu tórax e abdômen tinham traços de músculos bem definidos e suas sobrancelhas eram afiadas como lâminas, como se tivessem sido desenhadas com tinta. Suas feições também eram belamente esculpidas, com um nariz alto e os cantos dos lábios gentilmente curvados para cima.

A Lâmpada do Coração fora quebrada junto da Lâmpada Incandescente que o protegia… Hongjun tentou se lembrar do momento em que o pingente foi estilhaçado, antes de recordar de algo mais ainda no passado, quando Qing Xiong lhe dissera que contanto que o cristal fosse destruído, a Lâmpada do Coração entraria em seu corpo. Naquela hora, os dois eram os únicos presentes em cena, então de acordo com aquele raciocínio, se a Lâmpada do Coração não tivesse entrado no corpo do oficial, estaria no de Hongjun.

O rapaz não sentia nada de diferente em sua energia, porém não parecia muito normal que Li Jinglong estivesse inconsciente por tanto tempo. Logicamente, alguém que havia caído e desmaiado deveria estar acordado àquela hora… Poderia ser efeito da Lâmpada do Coração?

Hongjun também não sabia que propósito aquele raio de luz tinha. Ele inclinou sua cabeça para pressionar o ouvido contra o peito de Li Jinglong, escutando as batidas de seu coração. Quando voltou a se virar, viu Sang’er com uma expressão surpresa em seu rosto.

“Você poderia nos deixar sozinhos por um instante?” O garoto perguntou.

A face de Sang’er carregava um semblante peculiar, mas ela assentiu e disse, “General Jinglong está ferido? Eu deveria chamar um doutor?”.

“O que é um doutor?” Hongjun perguntou inconscientemente. “Não, não, ele não precisa.”

“Então, deixe-me trazê-lo um pouco d’água,” a moça falou antes de sair pela porta.

Hongjun imediatamente agarrou o yao carpa e chamou de maneira afobada, “Zhao Zilong! Acorde!”.

“Um doutor é um médico, eles diagnosticam doenças.” O yao carpa já estava acordado havia um tempo. “Onde estamos? O que aconteceu?”.

A cabeça do rapaz estava repleta de questionamentos e ele explicou a série de eventos anteriores. O garoto e a carpa se encararam por um momento antes do yao bradar, “Aaaaaah — você se meteu em confusão! Estamos mortos! O que deveríamos fazer agora?!”.

“Eu também não sei, aah—!” Hongjun estava ficando louco.

O yao carpa indagou, “O sobrenome dele é Chen?”.

“Não é Chen!” O rapaz estava até mesmo cogitando morrer ali mesmo. “Seu sobrenome é Li… certo, e se mudássemos seu sobrenome?” Ele adicionou como se fosse uma ideia brilhante.

“Você é burro?!” Zhao Zilong exclamou. “Ele ainda assim não seria descendente de Chen Ziang!”.

“Acabou, acabou! O que vamos fazer agora?!”.

“Mate-o,” o peixe sugeriu. “Talvez a luz saia dele assim.”

“Não posso matá-lo!” Hongjun replicou. “Claramente, eu causei essa confusão!”.

O yao carpa continuou, “Todas as criaturas vivas sofrem e mesmo vendo que este homem parece talentoso, seu ófrio[6] é um tanto escuro e sua testa tem até mesmo rugas. Seu rosto carrega uma expressão de derrota e mesmo que ele continue vivendo, vai continuar sofrendo, então é melhor acabarmos rapidamente com ele aqui.”

Hongjun, “...”

O rapaz não tinha nem ideia como interpretar aquilo. O yao continuou, “A Lâmpada do Coração entrou na pessoa errada e agora tudo está uma bagunça!”.

Hongjun segurou a espada enquanto a carpa continuava insistindo, “Você não é humano, então não tenha medo de matá-los.”

“Minha mãe era humana!” O outro protestou.

“Mas você mesmo já matou demônios,” o yao carpa o lembrou. “Ande logo e acabe com isso! Do contrário, o que a família Chen fará no futuro? A Lâmpada do Coração precisa ser devolvida à família Chen, assim Mara..”

Zhao Zilong percebeu que havia falado demais e dito algo que não devia, imediatamente se calando.

“Mara?” Hongjun questionou suspeito. Ele se recordou do dia em que escutou a discussão de Chong Ming e Qing Xiong, quando os dois também haviam usado aquela expressão.

O yao rapidamente disse, “Não importa, a Lâmpada do Coração precisa ser devolvida ou nós dois iremos morrer! Eu não estou tentando assustá-lo… Onde está sua faca de arremesso? Você a recuperou?”.

Hongjun, “Não… tenho uma a menos…”

“AAAAAAAAAAH—” A carpa ficaria louca. “Eu disse a você para não o perseguir, mas você nunca escuta! Viu?! Agora realmente estamos perdidos! Você até mesmo perdeu uma faca! E a Lâmpada do Coração…”

>Hongjun pegou uma toalha ali perto e a enrolou, enfiando-a na boca do peixe de surpresa e com precisão, parando sua infinda onda de sermões como se ele fosse Zhuge Liang[7].

O som de batidas na porta foi ouvido do lado de fora e Sang’er entrou carregando um jarro.

“Com quem você estava falando?” A moça perguntou perplexa depois de ver que Li Jinglong permanecia inconsciente na cama.

“Eu estava falando comigo mesmo,” Hongjun se apressou em responder. “Pode nos deixar sozinhos por mais um tempo?”.

Sang’er entregou uma toalha ao rapaz e sorriu olhando para ele, dizendo, “Certo, tudo bem.”

Depois que a jovem saiu novamente, Hongjun levantou uma mão e limpou o rosto de Li Jinglong. Ele, então, subiu na cama, colocando as pernas em volta da cintura do oficial e respirou fundo. Inclinando seu corpo para frente, o garoto reuniu sua energia e com uma mão criou uma pequena esfera de Luz Sagrada Pentacromática, pressionando sua palma contra o peito do outro.

As mãos do yao carpa se moviam freneticamente, agarrando a toalha e a retirando de sua boca antes de gritar, “Hongjun, não perca tempo com isso!”.

Ao mesmo tempo, uma onda de sons caóticos veio de fora.

“O Exército Shenwu está conduzindo uma busca! Pessoas não relacionadas ao caso devem ficar fora do caminho!”.

Li Jinglong subitamente abriu seus olhos e olhou para baixo com ferocidade, apenas para dar de cara com as mãos pressionadas em seu tórax. Seguindo os braços acima, ele encontrou os olhos do rapaz.

Hongjun, “...”

Li Jinglong, “...”

O oficial tinha uma clara expressão de confusão estampada em seu rosto, então notou que seu torso estava desnudo e que usava apenas um par de calças longas. Ele instantaneamente recobrou seus sentidos, gritando alto, “O que está fazendo?!”.

Hongjun disse inocentemente, “Você roubou minha Lâmpada do Coração…”

Li Jinglong soltou um rugido, agarrou o pulso da mão de Hongjun que pressionava seu peito e o puxou para baixo. Os dois rolaram da cama enquanto o rapaz exclamava em pânico, “Pare!”.

O quarto foi revirado em caos ao que o general derrubou o jarro com água de cima da mesa. O yao carpa rapidamente saltou dali também e os guardas lá fora que ainda revistavam o local ouviram o barulho, imediatamente dizendo, “O quarto no final do corredor! Rápido!”.

Zhao Zilong gritou, “Hongjun, depressa! Há mais pessoas vindo!”.

O oficial virou sua cabeça e assim que colocou os olhos no yao carpa instantaneamente ficou boquiaberto, exclamando, “Yaoguai[8]!”.

Hongjun estava com medo de criar mais problemas, então apanhou sua trouxa com uma mão, o yao carpa com a outra e se jogou contra a janela, abrindo-a enquanto pulava para fora. Ele deixou Li Jinglong para trás, segurando sua espada, sua face contorcida em uma expressão de choque enquanto ofegava sem parar, sem entender nada do que acabara de acontecer.

No instante em que Hongjun saltou do segundo andar, esticou um braço e agarrou os beirais, jogando seu corpo para cima do telhado. Ele continuou a caminhar por cima das telhas até o final, escorregando pela calha e fugindo dali com sucesso.

Li Jinglong ainda estava no quarto, sua armadura há muito havia criado asas e voado para longe. Seus olhos estavam arregalados enquanto resfolegava e um grito raivoso veio do outro lado da porta naquele momento, “Quem está aí dentro? O Exército Shenwu está conduzindo uma busca! Se não abrir a porta…”

A voz de Sang’er soou, “Há dois convidados lá dentro que estão ocupados… Por favor, não os perturbe…”

Assim que o general ouviu as palavras “Exército Shenwu” ele sabia que os problemas de hoje não o deixariam em paz, então podia apenas correr por hora ou sua reputação seria certamente usada para varrer o chão. Assim, igualmente pulou a janela e se jogou para fora, porém enquanto Hongjun havia virado para cima ao fugir, Li Jinglong virou para baixo e, com seus pés descalços, escorregou nas telhas lisas, os céus e a terra trocando de lugares ao que ele caía do telhado.

Com uma mão, Li Jinglong segurava a espada e com a outra freneticamente tentava se agarrar em algo para conter a queda, suas duas pernas chutando em todas as direções. Vendo que o telhado terminava em uma rua movimentada, ele instantaneamente percebeu que não havia como aquilo acabar bem, mas já era tarde demais.

Mais cedo, quando Hongjun o carregara enquanto fugia às pressas, o lugar onde havia se escondido se encontrava na área mais famosa de Chang’an, chamada “Pingkang Li”, e o bairro era ocupado por diversos bordéis que exibiam suas insígnias e faziam seu trabalho com orgulho. Aquele local se chamava “Rouxinol da Manhã de Primavera” e era sempre classificado como um dos dois maiores bordéis da cidade. E bem ao lado do Rouxinol da Manhã de Primavera se encontrava o Mercado Leste de Chang’an.

Naquela hora, a chuva já havia passado, os céus estavam límpidos e o Mercado Leste estava aberto para os negócios. O ruído alto das vozes das pessoas podia ser ouvido de longe e quando os vendedores perceberam a comoção, todos se viraram para olhar a tempo de ver o Capitão Li Jinglong do Exército Longwu, seu sangue másculo borbulhando em suas veias, seu torso bem definido desnudo, carregando uma espada em uma mão enquanto se apressava em escapar por uma janela do Rouxinol da Manhã de Primavera em plena luz do dia antes de escorregar furiosamente pelo telhado, caindo em meio ao Mercado Leste com um barulho alto que assustou os cavalos e as mulas, fazendo-os zurrar e relinchar enquanto colidiam com cestas de mercadorias.

“Ei, aquele não é o General[9] Jinglong?”.

“Capitão Li? Hahahaha—”

Li Jinglong se encontrava completamente zonzo com aquela queda, mas antes que pudesse ao menos retomar o fôlego, ele foi cercado por diversas pessoas e mesmo o Exército Shenwu colocou suas cabeças para fora do Rouxinol da Manhã de Primavera para assistir aquela cena. O oficial imediatamente se arrastou para um canto ainda segurando sua espada, parecendo extremamente patético enquanto se escondia no Mercado Leste. O resto do Exército Shenwu procurava por toda a parte enquanto os transeuntes no comércio riam com vigor e algum erudito bajulador até mesmo elaborava sobre o incidente com grandes detalhes.

“Eu tenho um poema, se minha audiência gostaria de ouvir.”

“Diga, diga!”

“Li Jinglong do Exército Longwu, saindo sorrateiro do Rouxinol da Manhã de Primavera…”

“Capitão Li Jinglong, este bom filho, que dormiu além da conta em Pingkang; correndo pelos telhados com a bravura de um herói, acenando em adeus enquanto lágrimas caem nos bordéis!”.

“Que talento! Permita que este irmão estrague seu trabalho com mais duas frases.”

“Venha, venha! Avante, irmão!”.

“Ele é como o General Fei[10] que atirou em um tigre, nascido com um belo rosto esculpido; não teme o Exército Shenwu, mas esqueceu de vestir seu uniforme de Longwu!”.

Li Jinglong, “...”

O oficial se escondia em um grande recipiente de água nos fundos do Mercado Leste enquanto ouvia os terríveis versos sobre si sendo partilhados a todos na vizinhança. Ele silenciosamente levantou a tampa de madeira do receptáculo e, da pequena fresta criada, pôde ver o Exército Shenwu caminhando para cima e para baixo nas ruas do comércio, soltando um suspiro exausto.



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[1] Um conjunto de uma blusa com uma saia enrolada na cintura.

[2] Os três reinos se referem ao Reino Celestial, o Reino Mortal e o Reino Fantasma.

[3] Traduz-se para “Grande Pavão”, um dos Reis Sábios que diziam ter o poder de proteger seus seguidores do envenenamento.

[4] [] O sufixo ‘er’ é uma partícula adicionada ao final do nome de alguém e que significa “criança”. É uma forma de tratamento menos estrita entre duas pessoas.

[5] [篆書] (Zhuanshu) É um dos cinco tipos de caligrafia chinesa.

[6] Um ponto de acupuntura na testa, entre as sobrancelhas.

[7] Zhuge Liang foi um famoso estrategista militar do país de Shu na era dos Três Reinos. Muitas histórias de “O Romance dos Três Reinos” falam sobre sua inteligência e sagacidade.

[8] Outra terminologia para se referir aos demônios vindos de plantas ou animais que ganharam vida, com ‘guai’ [] significando “aberração”.

[9] [將軍] (Jiangjun) é comumente traduzido como “general”, mas não possui o mesmo significado que em português. ‘Jiangjun’ refere-se no geral a alguém em uma posição de comando, o real status da pessoa e onde se encontra na pirâmide social depende unicamente de seu verdadeiro título de posição.

[10] Isto possivelmente se refere ao General Zhang Fei, um dos Cinco Generais Tigres, pois há uma expressão chinesa que diz que quando alguém dorme com cautela, está dormindo com “os olhos de Zhang Fei” já que este era conhecido por dormir de olhos abertos.



Traduzido por: Mia

Revisado por: Mia

TGCF Brasil



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