Capítulo 8 | Novel 'A Lenda do Exorcismo'

outubro 05, 2021 0

 


CAPÍTULO 8 - O Oficial Superior dos Exorcistas

A Lenda do Exorcismo





Naquela tarde, a chuva gelada respingava no telhado enquanto aqueles quatro assistiam os pingos caírem dos beirais com expressões repletas de confusão. 

“Meu avô pediu para que eu viesse a Chang’an para combater demônios.” Qiu Yongsi tinha um rosto inocente como o de um infante e continuou, “Em grande parte é para que eu ganhe coragem. Meus irmãos, minha educação neste assunto não é muito ampla, por favor, guiem bem este pobre irmão quando enfrentarmos nossos inimigos.”

Hongjun disse, “Eu também não sou muito versado nessas coisas. Quanto a estes dois… hm.”

“Que arma você usa?” Mo Rigen perguntou a A-Tai. “Vejo que possui um leque, deve ser bastante proficiente em manejá-lo.”

“Eu ainda não revelei meu maior artefato mágico,” A-Tai sorriu e anunciou. “Não há perigo em contar a vocês, caros amigos. É este alaúde.”

Assim que falou, A-Tai pegou o barbat[1] que carregava em suas costas. Hongjun sempre teve interesse em artefatos desde que era pequeno, mas ele ainda não conhecia bem aqueles rapazes, então ficou com receio de perguntar muitas coisas. Agora que estavam um pouco mais familiarizados uns com os outros, ele gentilmente tocou o instrumento e questionou, “Este alaúde?”.

“Sim.” A-Tai assentiu e sorriu. “Este alaúde foi passado para mim por meu falecido pai. Quando os Yaoguai aparecem, tudo o que tenho de fazer é pegá-lo e usá-lo para atacar o inimigo…”

Hongjun perguntou, “Qual música você toca, então?”.

“Não,” A-Tai balançou a cabeça e revelou, “Eu apenas o levanto e uso para golpear suas cabeças.”

Hongjun, “...”

A-Tai continuou seriamente, “Este alaúde é leve como uma pena de ganso[2] em minhas mãos, mas quando usado para golpear é tão pesado quanto o Monte Tai[3]. Mesmo que meu oponente seja um dragão, ele pode ser derrotado com apenas um movimento.”

“Não diga mais nada…” o garoto massageou sua testa com uma mão e empurrou para longe a cabeça do outro, que havia chegado mais perto de si.

“Lindo irmãozinho,” A-Tai se aproximou novamente, olhando nos olhos de Hongjun. As próprias írises do rapaz eram tão azuis quanto o oceano e, combinadas com seu sorriso, era quase impossível rejeitá-lo. “O que assola seu coraçãozinho, que tristezas você carrega?” O mais velho perguntou ternamente. “Por que sua testa está sempre enrugada? A vida é tão bela, o que acha de eu tocar uma música para você, sim?”.

Mo Rigen finalmente não conseguia mais continuar ouvindo aquilo. Ele passou um braço pelos ombros de Hongjun e usou sua mão para bloquear os avanços de A-Tai. “Não o incomode, ele não entende muita coisa.”

Hongjun estava, de fato, bastante frustrado. Apesar de ter feito vários novos amigos, a Lâmpada do Coração havia sido quebrada, sua faca de arremesso estava desaparecida e ele não tinha ideia de como corrigir toda aquela bagunça. Originalmente, o garoto pensara que primeiro viria ao Departamento de Exorcismo e começaria a exterminar alguns demônios antes de pensar em um jeito de procurá-las, mas agora seu futuro estava ainda mais envolto em uma névoa espessa.

Ele revelou, “Eu realmente tive alguns… problemas.”

“Que problemas?” Mo Rigen questionou. “Se nos disser, podemos ajudá-lo. Tem a ver com os Yaoguai?”.

“Yaoguai?!” Qiu Yongsi subitamente sentou-se direito e falou, “Sério? Chang’an realmente tem Yaoguai?”

A-Tai disse, “Ser capaz de devotar minha força para sua causa é minha maior honra.”

Qiu Yongsi parecia um pouco assustado, então completou, “Desde que eles não cheguem muito perto, posso ajudá-lo com qualquer coisa. Eu realmente preciso ficar mais corajoso… Diga-nos, de que tipo de Yaoguai estamos falando?”.

“Eu pensarei em outros métodos primeiro.” Hongjun sentia-se tocado pelo gesto dos demais e afirmou, “Se realmente for impossível para mim, então eu direi a vocês.”

“Boa escolha.” Mo Rigen sorriu. “Depender de si mesmo é melhor que contar com os céus e a terra[4]. Você consegue.” Dizendo isso, ele acariciou os ombros de Hongjun.

A chuva gradualmente parou e A-Tai falou novamente, “Uma cena tão encantadora não deveria ser desperdiçada. Que tal uma canção animada para acompanhá-la?”.

“Vamos primeiro limpar este lugar e arrumar alguns quartos.” Mo Rigen apoiou-se em um joelho enquanto levantava. “Provavelmente teremos que dormir aqui esta noite.”

“Por que não dormimos em uma pousada de Chang’an?” A-Tai sugeriu. “Vamos? Por minha conta.”

“Acho que vou dormir aqui mesmo,” Hongjun disse. “O fedor de peixe de Zhao Zilong é muito forte e ele pode facilmente assustar alguém se ficássemos em uma pousada.”

Ele não sabia o porquê, mas realmente começara a gostar daquele lugar. Depois da longa e árdua jornada que fizera para chegar ali, ver aquela alta árvore guarda-sol plantada no meio do pátio frontal o fazia se sentir um pouco mais perto de casa. Mo Rigen não era muito exigente sobre essas coisas e escolheu ficar com Hongjun. Qiu Yongsi pensou sobre o assunto por um momento antes de se juntar aos outros dois e, finalmente, A-Tai não teve outra escolha além de mudar de ideia e ficar com eles naquele dilapidado Departamento de Exorcismo.

 

 


 

Ao crepúsculo, a cidade de Chang’an estava iluminada com os raios vermelhos do pôr-do-sol. Havia chovido por três dias seguidos e o outono oficialmente tomara conta de Guanzhong[5].

Feng Changqing segurava sua bengala com a mão esquerda e o edital imperial enviado a Li Jinglong com a direita enquanto, passo a passo, os dois caminhavam para longe dos quartéis do Exército Longwu. Li Jinglong era alto e tinha um belo corpo, e embaixo de seu braço direito carregava um rolo de roupas de cama. Originalmente, ele planejava pedir a um dos empregados da casa para trazer suas coisas de volta, mas Feng Changqing insistiu que os carregasse ao que os guiava desde o portão do quartel general Longwu até a residência dos Feng, chamando a atenção de todos os cidadãos nas ruas de Chang’an.

Depois de receber as notícias sobre sua mudança de posto, Li Jinglong empacotou suas coisas e voltou para casa. Ele já estava cansado do constante tormento, que apenas aumentava enquanto todas as pessoas se juntavam nas ruas para rir daquela cena. O filho pródigo havia sido expulso do Exército Longwu mais uma vez.

“Hmph, você está sendo transferido para o Departamento de Exorcismo do Grande Tang.” Feng Changqing segurava firmemente o edital imperial, mancando enquanto andava à frente, e não era claro se estava falando com Li Jinglong ou consigo mesmo, “Este deveria ser o motivo de muita celebração. O Ministro da Direita pessoalmente ordenou que você fosse promovido duas posições em uma única noite!”.

Li Jinglong disse silenciosamente, “Eu não vou continuar caminhando assim desse jeito.”

Os transeuntes que passavam por eles apontavam e cochichavam entre si, como se o rapaz não pudesse sentir seus olhares em suas costas. Feng Changqing se virou e usou a bengala para bater nele, gritando furioso, “Quando fugiu de Pingkang Li não estava preocupado se seria humilhado andando daquele jeito pelas ruas?”.

Li Jinglong realmente queria jogar a roupa de cama no chão raivosamente e sair correndo, mas piedade filial era a base da humanidade. Ambos seus pais haviam falecido quando ele ainda era novo e, mesmo que Feng Changqing fosse apenas seu primo, continuou apoiando-o através dos anos. Se desrespeitasse seu xiongzhang[6], ele nunca mais seria capaz de levantar a cabeça para outra pessoa, então apenas rangeu os dentes e engoliu suas palavras.

“Que reputação foi afetada pelo seu comportamento?” Feng Changqing lamentou. “Foi a minha reputação afetada! Deste velho eu!”.

Li Jinglong seguia atrás do primo enquanto falava baixo, “‘Se houvessem morrido em dias mais jovens, quem saberia da autenticidade de suas vidas?’[7] Mais cedo ou mais tarde, haverá um momento em que a verdade virá à tona. Já que não acredita em mim, então por que precisa me criticar na frente de todas estas pessoas? O senhor já sabe em seu coração se estou mentindo ou não!”.

Feng Changqing retrucou, “Então, por que não deixa Sua Majestade discernir a verdade por si mesmo? Onde está o demônio do qual tanto fala? Vá em frente e encontre a pessoa daquela noite, traga-o para a corte e interrogue-o como quiser! Por que não faz isso, hein?!”.

Li Jinglong estava tão enfurecido que seu corpo inteiro tremia e murmurou na entrada do beco, “Um dia, você verá.”

Feng Changqing não respondeu. Os dois haviam cruzado pouco menos da metade de Chang’an, já que o mais velho havia especialmente escolhido o caminho pelo Mercado Oeste. Quando entraram na ruela, Li Jinglong segurou sua roupa de cama com uma mão e virou para caminhar em direção ao outro lado da rua. Feng Changqing se endireitou e indagou, “Aonde você vai?”.

O rapaz não respondeu e apenas apressou seus passos. Ele não queria retornar à residência dos Feng apenas para continuar discutindo incessantemente. Feng Changqing podia apenas mancar ao lado de sua bengala, lentamente tentando alcançar o mais novo que marchava silenciosa e constantemente em direção ao final da ruela. 

Das profundezas do beco vinha o som claro de música e pessoas cantando. O pôr-do-sol tingia os paralelepípedos de vermelho, contornando a sombra de Li Jinglong no chão, e o vento de outono soprava ao seu lado, fazendo aquele cenário carregar uma aura de desolação.

“Onde você está indo?!” Feng Changqing continuou a perguntar, persistente.

A expressão de Li Jinglong era ilegível ao que continuava a caminhar sem pronunciar uma única palavra. Ele andou até o final da rua e empurrou as portas quebradas, fazendo com que a da esquerda caísse para dentro do pátio com um estrondo.

BANG!

O barulho da porta caída reverberou pelo local, revelando a cena que se desenrolava ali. 

A música parou abruptamente e todos congelaram, virando-se para olhar para Li Jinglong.

No pátio frontal do Departamento de Exorcismo, A-Tai dedilhava seu barbat, Hongjun batucava em uma vasilha lascada com um par de palitinhos, Qiu Yongsi segurava duas varetas de bambu que batia em uma pedra e Mo Rigen puxava a corda de seu arco junto ao ritmo da música. 

Eles estavam em um círculo ao redor de uma bacia preenchida até a metade com água e uma carpa com dois braços e pernas se encontrava dentro, um pé levantado na beirada do recipiente enquanto suas mãos balançavam para frente e para trás, dançando.

Quando a porta caiu, os quatro homens e o peixe estagnaram ao mesmo tempo, encarando confusamente Li Jinglong e Feng Changqing atrás de si.

Li Jinglong, “...”

Tudo estava nas mãos do destino, os humanos não possuíam controle de nada. Li Jinglong ainda não fazia ideia que, naquela vida, haviam diversas forças estranhas brincando com ele sem razão específica. Parecia que tudo pelo que havia passado nos últimos vinte anos culminava para aquele instante em que ele inesperadamente e por aparente coincidência derrubaria aquela porta em sua frente.

E, como se movido pelas mãos do destino, do primeiro olhar no cenário até o momento em que seus olhos encontraram os do belo garoto, todo o resto do mundo pareceu desvanecer de seu campo de visão, deixando apenas o rosto que ele jamais poderia esquecer.

Se a vida não era nada além de belas primeiras impressões, quão ordinário aquele momento seria para o nós do presente[8].

Incontáveis emoções se acumulavam em seu coração como ondas batendo umas contra as outras em um mar agitado com uma força que poderia derrubar os céus, instantaneamente fazendo suas inibições colapsarem e as milhares de palavras serem destiladas e convergidas em apenas uma simples frase:

“DEVOLVA A MINHA INOCÊNCIA!”

Li Jinglong rugiu furioso, puxando sua espada. Sua forma se transformou em apenas um vulto entre o cenário ao que avançava na direção de Hongjun.

Naquele mesmo momento, assim que o rapaz viu a lâmina ser desembainhada, ele imediatamente deu um passo para trás e pulou. Quando seu corpo já estava em meio ao ar, o resto do grupo finalmente reagiu.

“Tenha piedade!” Mo Rigen exclamou.

“Amigos! Não briguem por nada!” A-Tai gritou.

Qiu Yongsi bradou, “Não tenha medo!”.

No entanto, o alvo de Li Jinglong não era o yao carpa, sua arma estava apontada com precisão em Hongjun! Em um átimo, os três espectadores subitamente sentiram uma onda de violência e, vendo que as coisas estavam progredindo mal, rapidamente se moveram para proteger o mais novo. A-Tai agitou seu leque, Mo Rigen se colocou na frente para conter o ataque e Qiu Yongsi abruptamente puxou sua espada enquanto simultaneamente tentaram bloquear Li Jinglong, mas o oficial já havia cruzado o pátio, pousando na frente de Hongjun.

“Ele é uma pessoa comum!” O garoto gritou. “Peguem leve com ele!”.

Hongjun sentiu um tipo de trepidação vindo da arma nas mãos de Li Jinglong. Naquela noite, foi exatamente porque ele havia sido descuidado que sua Luz Sagrada Pentacromática fora trespassada. Desde então, o rapaz havia repassado a cena em sua cabeça incontáveis vezes para não cometer o mesmo erro novamente. Ele segurou uma faca de arremesso em cada mão e, com seu corpo ainda no ar, baixou as duas lâminas em direção àquela espada negra como a escuridão.

No instante em que as facas atingiram aquele objeto enferrujado, as duas armas mágicas se encontraram e soltaram uma espécie de ressonância espiritual. As pupilas de Li Jinglong se contraíram e, justo quando estava prestes a mudar de posição, as facas de quase 20cm de Hongjun vieram na forma de “quatro onças pesam mil kans[9]”, prendendo a lâmina e a girando.

O movimento fez com que a espada de ferro torcesse em sua mão e o pequeno pedaço de pele entre o polegar e o indicador de Li Jinglong queimou ao que a arma foi virada e arrancada de seus dedos.

Mo Rigen, A-Tai e Qiu Yongsi sorriram em sincronia quando Hongjun girou no ar e pousou elegantemente no chão. Continuando com seus movimentos, e claramente sem que o garoto pudesse compreender a situação, os três deram um golpe certeiro nos ombros de Li Jinglong, fazendo-o voar para trás.

Apesar de terem sido advertidos para irem com calma, fosse que eles não puderam conter os ataques a tempo ou que simplesmente não se importaram, o fato era que o oficial fez uma parábola pelo saguão. Sua cabeça atingiu a porta principal, abrindo-a com uma pancada, e ele continuou a voar até o meio do pátio central, onde caiu desacordado, enfim.

Hongjun franziu as sobrancelhas. Seu dedo havia sido levemente cortado pela lâmina daquela espada e ambas suas mãos estavam cobertas de sangue. Os outros correram para dar uma olhada e Mo Rigen enrugou o rosto. “Está machucado? O que aquela pessoa tem contra você?”.

O yao carpa olhou para a esquerda e a direita, e seus olhos repousaram diretamente em Feng Changqing do lado de fora da entrada. O homem estava boquiaberto, ainda não recuperado do choque, e continuamente andava para trás, tentando se afastar. Zhao Zilong urgentemente exclamou, “Ainda há mais um deles, não o deixem escapar!”.

A-Tai e Qiu Yongsi imediatamente se viraram. Qiu Yongsi agarrou sua espada com a mão direita e correu em direção a Feng Changqing ao mesmo tempo em que este gritava, “Yao-yao… Yaoguai!”.

Com um chute, o jovem pisou no peito do oficial, apontando sua lâmina para sua garganta. A-Tai usou aquela chance para puxar duas cordas, que deslizaram pelo chão e prenderam firmemente os braços e pernas do militar.

Em menos tempo do que um incenso levaria para queimar, as mãos de Hongjun já haviam sido enfaixadas enquanto aqueles dois, Li Jinglong e Feng Changqing, foram jogados em um canto do salão principal, ambos profundamente inconscientes.

“Ele se chama Li Jinglong, é um guarda comum. No dia em que estava perseguindo um demônio nas fronteiras de Chang’an…”

Hongjun começou do início e narrou os eventos daquela história para as três pessoas com ele no pátio. Quando chegou na parte sobre a Lâmpada do Coração, o yao carpa, que escutava tudo ao lado, soltou uma tosse seca e o garoto entendeu que não deveria falar sobre aquilo. Ele hesitou por um momento antes de pular completamente aquela parte de suas memórias. Quando terminou de falar, viu que os ouvintes possuíam expressões surpresas em seus rostos. 

“Uma série de desentendimentos,” Mo Rigen disse. “Esta pessoa achou que você fosse um Yaoguai, então avançou com a intenção de matá-lo. Felizmente, você não se feriu gravemente.”

O rapaz estava prestes a levantar e desatar as amarras em Li Jinglong, mas o yao carpa apareceu com um pergaminho e bateu levemente com ele nos joelhos de Hongjun.

“O que é isso?” O garoto perguntou.

O demônio respondeu, “Eles deixaram isso cair lá fora.”

Qiu Yongsi pegou o objeto e assim que o abriu, percebeu que era um edital imperial, lendo-o para todos. “Caro oficial, o Filho Sagrado dos Céus senta-se em seu trono e vê a tudo com glória auspiciosa. O Duque Di realizou os desejos do Imperador ao criar o Departamento de Exorcismo do Grande Tang e hoje decretamos que Li Jinglong da Academia Militar Longwu deve tomar a posição de c-ch-che… chefe do Departamento de Exorcismo.”

Todos os que estavam empertigados ao redor do edital imperial olharam para cima ao mesmo tempo e pousaram seus olhos no oficial inconsciente no cômodo. Então, todos novamente abaixaram as cabeças e miraram o pergaminho de volta. A mão com que Qiu Yongsi segurava o edital tremia descontroladamente e os cantos de sua boca trepidavam.





[1] Barbat era o alaúde conhecido na Pérsia.

[2] [鸿] Hong, em chinês, o mesmo ‘hong’ do nome de Hongjun.

[3] [] Uma montanha real que partilha o mesmo ‘tai’ do nome de A-Tai.

[4] No sentido de que “é melhor confiar em si mesmo do que em deuses ou outras forças sobrenaturais/coincidências que podem não ser reais”.

[5] A região onde se encontra a cidade de Chang’an, hoje em dia fica em meio à província de Shaanxi.

[6] Um termo arcaico usado para se referir com grande respeito à uma figura de irmão relacionado pelo sangue.

[7] Um verso do poema “Palavras Livres No.3” de Bai Juyi, que se refere a Zhou Gong e Wang Mang. A moral é basicamente que não se deve julgar alguém por uma única ação, é importante considerar sua história acima de tudo.

[8] Basicamente, “se pudéssemos, permaneceríamos apenas no belo momento do primeiro encontro, porque naquela época éramos ignorantes um do outro e ainda não havíamos conhecido nossas nuances.”

[9] São unidades de medida e se referem a um movimento do Taiji Quan que basicamente usa apenas uma pequena força para suprimir algo muito maior.



Traduzido por: Mia

Revisado por: Mia

TGCF Brasil



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